segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Arraial do Cabo, um paraíso para mergulhar

Mais de 70% da superfície de nosso planeta está coberta de água salgada. Destes 361 milhões de quilômetros quadrados, 25% ou 90.250.000 km2 é o tamanho da superfície do Oceano Atlântico. Bem grande né? Então vamos nos manter na porção Sul desta imensidão azul, mais precisamente na costa brasileira próximo, ao Rio de Janeiro,, em uma pequena cidade.




Capital do Mergulho, Paraíso do Atlântico; assim é chamado o Arraial do Cabo. Com 22 anos de idade o município abriga praias deslumbrantes e uma rica história que remonta o descobrimento do Brasil.




Além de favorecer a pesca, a criação de mariscos, crustácios e peixes, Arraial do Cabo tem condições ideais para a prática do mergulho autônomo e um clima agradável que atinge uma média de 25 graus no verão. Com tanta fauna para se ver fica difícil escolher um pico para mergulhar em Arraial. São pontos que variam em níveis de dificuldade em beleza natural atendendo a todos os adeptos do SCUBA diving.

A sigla SCUBA significa Self-Contained Underwater Breathing Apparatus e é parte de um sistema que permite que os mergulhadores possam permanecer debaixo d’água respirando normalmente como fariam na superfície. Mas esta é uma longa história para ser abordada em outro texto. Voltemos aos picos de mergulho de Arraial do Cabo e suas particularidades.

Primeiros locais para mergulho - Temos em Arraial as Ilhas do Farol, dos Porcos, dos Franceses. Mas os picos de mergulho também estão juntos da costa. Começaremos pela Ilha dos Franceses onde naufragou o navio de guerra da marinha brasileira em 1827. Há pouco a se ver do Dona Paula, mas seus canhões e balas ainda podem ser contemplados no local. Seguindo para o leste em direção ao continente, mais precisamente a Praia Brava encontramos o naufrágio do Harligen, um navio holandês naufragado em 1906. Com a profundidade variando de 18 a 25 metros a temperatura da água fica fria e a atenção deve ser redobrada, pois o local está em mar aberto. Fique junto ao grupo e evite a hipotermia, mas divirta-se com a fauna composta de polvos, caranguejos e moréias que se escondem pelos destroços.

Apesar de o Harligen estar desmantelado, é possível identificar algumas de suas peças como as âncoras, caldeiras, o bloco do motor e a hélice. Agora vamos ao Sudeste em direção a Ilha do Farol, no local de repouso da fragata inglesa Thetis e de um dos mais famosos picos de Arraial a Gruta Azul. Ao chegar aos 17 metros de profundidade fique atento a um túnel horizontal que encontra o fim na superfície, subindo por uma chaminé.

O percurso de 18 metros gratifica pelo show de luzes e cores que é melhor visto ao meio dia. Se as condições de mar estiverem boas vale a pena conhecer o local. Ainda a Sudeste em direção ao Focinho do Cabo, na Ilha do Farol, chegamos ao local de um dos mais difíceis mergulhos de Arraial do Cabo, a Gruta da Camarinha. O mergulho deve ser evitado caso mar não esteja calmo visto que o fluxo de água no interior da gruta se torna intenso e as condições de ambiente com teto requerem técnicas apropriadas de mergulho.

A gruta da Camarinha é uma fenda que corta a ilha de um lado ao outro permitindo a entrada e saída por dois lugares diferentes, o fundo atinge os 35 metros e as entradas estão respectivamente em 12 e 15 metros de profundidade estando a primeira voltada para o continente e a mais profunda para o mar aberto. Voltando em direção ao continente e entrando pelo boqueirão chegamos ao Anequim. Com profundidade variando entre 11 e 15 metros podemos encontrar Cações Viola e florestas de Gorgônias. Mais ao Nordeste está a Ponta do Leste.

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